Trem

Perus: passado, presente e muito futuro

O distrito mais setentrional da cidade de São Paulo, situado na região do Vale do Rio Juquery e da Serra Cantareira, Perus possui 23 quilômetros divididos em patrimônios históricos e ambientais que registram a história do Brasil como parada de tropeiros, lar de indígenas guaranis e a primeira fábrica de cimento. Uma região urbana com história e muito verde.

O distrito
Localizado na zona noroeste, faz divisa com as cidades de Caieiras, Cajamar, Osasco; próximo às rodovias Bandeirantes e Anhanguera, Rodoanel Mário Covas; é caminho para Jundiaí, Campinas, Aeroporto de Viracopos e interior do estado. É em Perus que está localizado o maior parque municipal de São Paulo, o Parque Anhanguera. Foi reconhecido como distrito em 1934 e hoje abriga 45 bairros. 

A origem do nome
Perus possui duas histórias sobre a origem do seu nome: a expressão tupi-guarani “pi-ru” que significa “pôr-se apertado”, numa referência à topologia montanhosa da região. Os tropeiros em suas viagens paravam para fazer suas refeições na cozinha da Dona Maria, que criava perus: “vou na fazenda dos perus".

Mineração e fazendas
Em 1590 foi descoberto ouro no Pico do Jaraguá e no Córrego Santa Fé, virou produção e era enviado para a Europa. No século XVII, muitos portugueses e espanhóis vieram para a região, além de outros exploradores. Depois as fazendas, entre elas, a dos Pires, de Salvador Pires Medeiros, de produção vinícola; e a Ajuá, de Domingos Dias da Silva, de cereais. Em l856, o Registro Paroquial de Nossa Senhora do Ó assinalava dezessete proprietários de terras no "Bairro do Ajuá", antigo nome de Perus. 

Um marco
Em 1867, a São Paulo Railway inaugurou a Estação Perus, dando início a um processo de urbanização: Companhia Melhoramentos de São Paulo (1890), o Hospital Psiquiátrico do Juquery e sua Fazenda (1898), a Estrada de Ferro Perus-Pirapora (1910) e a Fábrica de Pólvora, principal fornecedora de munição para o sistema de defesa do Porto de Santos. Perus também abrigou a primeira fábrica de cimento do país, a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus (1926-1980), que produzia o mais denso e original cimento, porém, foi desativada.

Turismo
A Estrada de Ferro Perus-Pirapora, que está fechada ao público, mas existe projetos de reativação, tanto que o Condephaat declarou a região da Estrada de Ferro como Patrimônio Histórico. Várias empresas e empresários contribuem para a reativação, dentre elas a CPTM, que tem um projeto de turismo na região. 
Além disso, existem diversas trilhas de turismo histórico, ecológico, sociais e político.

Desenvolvimento
Há um pouco mais de meia hora da Lapa e das Estações Barra Funda e Luz; a proximidade das rodovias e rodoanel que abrigam novas indústrias, proporcionaram um crescimento urbano a partir dos anos 80 e 90, com a chegada de novas opções de comércio, bancos, escolas e unidades de saúde.
  
Cultura e lazer
Com uma história peculiar, Perus abriga comunidades e entidades que promovem a difusão da arte, cultura e lazer. Entre eles estão: Comunidade Cultural Quilombaque, TICP – Território de Interesse da Cultura e da Paisagem, Museu Territorial de Interesse da Cultura e da Paisagem Tekoa Jopo’í, Biblioteca Padre José de Anchieta, Casa Hip Hop, Ocupação Artística Canhoba, Cemitério Dom Bosco, entre outros passeios.